A partir deste sábado (17), os dois terminais de integração e o corredor Sul, que fazem parte do novo sistema de transporte público de Teresina, Inthegra, passarão a funcionar, bem como um dos terminais da zona Sudeste. De acordo com o projeto, o objetivo é dar mais mobilidade, agilidade e qualidade de vida para a população que utiliza este serviço. Embora a população esteja dividida e alguns desacreditarem da eficácia da integração, o especialista em transporte Sandro Costa, que trabalha na área há mais de 30 anos, está otimista com o novo sistema. Segundo ele, o sistema de integração que está sendo implantado em Teresina é similar com o que existe no Curitiba (PR), há cerca de 20 anos, e em Fortaleza (CE).
O especialista conta que no princípio houveram algumas divergências, mas que a população foi se adaptando conforme a utilização diária. “Eu tenho impressão que em Teresina será assim também. No início as pessoas vão ficar um pouco confusas porque já estão acostumadas de um jeito. Tudo no começo apresenta dificuldades, mas acredito que vai funcionar”, destaca.
Foto: Elias Fontinele/O Dia
Ainda na opinião do especialista em trânsito, os cartões eletrônicos trarão mais segurança, tanto para os usuários como para motoristas e cobradores, que não circularão com uma grande quantidade de dinheiro, evitando assim assaltos. Além disso, os passageiros poderão comprar ou recarregar seus bilhetes nos terminais, o que dará mais comodidade.
Para Sandro Costa, a proposta do sistema de integração foi implantada de forma tardia na capital, sendo que o Plano Diretor foi elaborado em 2009. “Demoraram a implantar porque alegaram falta de recurso, mas o projeto é antigo. Se já tivesse começado há muito tempo, muita coisa já teria melhorado e sido aperfeiçoada”, declara.
Adaptação Na opinião do especialista em trânsito, a adaptação com o novo sistema deve acontecer de forma gradativa, e deve durar
entre dois ou três meses. Sandro Costa pontua que, mesmo com o funcionamento inicialmente apenas da zona Sul, os benefícios do sistema serão perceptíveis pelos usuários.
Foto: Moura Alves/O Dia
“A zona Sul será a primeira e servirá como piloto para o sistema. Quando forem liberando os outros terminais até concluir completamente, e os usuários puderem usar em sua totalidade, eles realmente se sentirão contemplados. A zona Sul é a mais populosa e tem mais linhas, por isso começaram por ela, então se der certo, dará também nas outras regiões”, explica.
O especialista cita que a maior dificuldade dos usuários ao utilizar o sistema será aos finais de semana, vez que a frota de ônibus reduz, o que poderá comprometer os passageiros que farão integração. Ele recomenda que os órgãos competentes e de fiscalização estejam atentos e avaliem a necessidade da população.
Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia